OS 1000 PRIMEIROS DÍGITOS DA EXPANSÃO DECIMAL DE...
π
e
ln(2)
ln(3)

DICIONÁRIOS DE NÚMEROS REAIS

Saber os primeiros dígitos da expansão decimal de um número não é suficiente para identificá-lo. Ainda assim, pode ser útil ter uma lista de “valores especiais de funções familiares” cujos primeiros dígitos da expansão decimal sejam iguais aos dígitos em questão. Pensando nisto, Jonathan Borwein e Peter Borwein, da Dalhousie University nos Estados Unidos, publicaram o livro A Dictionary of Real Numbers (Wadsworth & Brooks/Cole Advanced Books & Software, 1990), onde é possível encontrar um lista com mais de 100 000 expansões decimais com os 8 primeiros dígitos de números “familiares” no intervalo [0, 1).

O site Plouffe's Inverter oferece um serviço semelhante. Basta digitar os primeiros dígitos (entre 5 e 64 dígitos) da expansão decimal de um número para obter uma lista de “números familiares” cujos primeiros dígitos da expansão decimal coincidem com aqueles que você forneceu.

[Ajuda]


UM POUCO DE HISTÓRIA

Ao longo do tempo, diferentes pessoas sugeriram diferentes notações para a expansão decimal de um número (veja a tabela abaixo). Foi John Napier, em sua obra Rabdologia de 1617, o primeiro a recomendar explicitamente o uso de um ponto ou uma vírgula para separar a parte inteira da parte decimal. No Brasil, a vírgula é usada para fazer tal separação enquanto que nos Estados Unidos a notação utilizada é o ponto.


0.999... = 1?

Sim! De fato, 0,9 = 1! Ao longo dos anos, diferentes provas (com diferentes níveis de rigor) foram sugeridas para justificar esta igualdade. Entre as técnicas de demonstração estão: frações e o algoritmo da divisão, manipulação de dígitos, sequências e séries, intervalos encaixantes, cortes de Dedekind e sequências de Cauchy.

Vários estudos têm indicado que os alunos não acreditam que 0,999... seja igual a 1. Entre os motivos para esta descrença estão:

1.

As pessoas não aceitam o fato de que um número real pode ser escrito com expansões decimais diferentes.

2.

Alguns estudantes interpretam o número 0,999... como uma sequência finita de noves com tamanho desconhecido, onde existe um último nove. Outros alunos interpretam o número 0,999... como uma sequência infinita de noves, mas pensam que existe um último dígito 9 “no infinito”.

3.

Uma apresentação intuitiva e informal sobre o assunto pode conduzir o estudante a pensar que o número 0,999... é o limite de um processo infinito e não um valor fixo (um número real).

4.

Os estudantes acreditam que entre 0,999... e 1 há uma diferença infinitamente pequena, mas que é diferente de zero.


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